terça-feira, 6 de agosto de 2013

O país sem o MST

http://si.knowtec.com/scripts-si/MostraNoticia?&idnoticia=61350&&idcontato=8915041&origem=fiqueatento&nomeCliente=CNA&data=2013-08-06 O Estado de S. Paulo O País sem o MST Xico Graziano Noutro dia, em seminário do PT na Bahia, Lula alisava seu ego político quando lançou um enigma: "Eu fico pensando o que seria o Brasil se não fosse o MST". A resposta me brotou fácil: haveria mais prosperidade e paz no campo Noutro dia, em seminário do PT na Bahia, Lula alisava seu ego político quando lançou um enigma: "Eu fico pensando o que seria o Brasil se não fosse o MST". A resposta me brotou fácil: haveria mais prosperidade e paz no campo. Explico o porquê. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) originou-se em 1979, motivado pela luta agrária dos colonos gaúchos nos municípios de Ronda Alta e Sarandi. O regime militar, que comandava o País na época, tentou desmantelar, pelas mãos do famigerado coronel Curió, aquela inquietação camponesa. Ao contrário, porém, sustentado pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) e apoiado por líderes da oposição democrática, o episódio prosperou, agigantando-se o acampamento de sem-terra. Cinco anos depois, 8 mil pessoas invadiram a Fazenda Annoni, demonstrando uma ousadia que, de pronto, ganhou a simpatia da opinião pública. O sucesso da empreitada guindou a nova organização à liderança da ação "antilatifundiária" no campo. Seu antípoda, criado no debate da Constituinte, era a União Democrática Ruralista (UDR). Seu rival "interno", de quem procurou sempre se diferenciar, era a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), considerada "pelega" pela esquerda de então. A sociedade em mudança adotou o MST. Assim, no estrebuchar da ditadura, renascia no País a tese da reforma agrária. Agora, porém, a causa vinha despida de sua lógica econômica, conforme fora idealizada nos anos 1960, para se carregar de conteúdo social. Com a bênção da Teologia da Libertação, um pedaço de terra redimiria os excluídos do campo. Nascia uma utopia agrária. Ruíra em 1989 o Muro de Berlim. Por aqui, findos os anos de chumbo, avançava a redemocratização. Simultaneamente, avançava a modernização capitalista da Agricultura, modificando a dinâmica do agro; antigos latifúndios viravam empresas Rurais. Mais à frente, o Plano Real retirou da terra ociosa seu ganho especulativo, empurrando-a para a produção. Começava o império da tecnologia na agropecuária brasileira. Nesse caminhar da História, a bandeira revolucionária do MST começou a perder seu brilho. Foi então que a organização decidiu, em 1995, mudar sua estratégia, partindo para o confronto direto com os fazendeiros do País: invadiu a Fazenda Aliança, situada em Pedra Preta (MT). Pertencente a um conceituado líder ruralista, a propriedade mantinha excelente rebanho, elevado rendimento, 29 casas de alvenaria, 160 quilômetros de cercas, 21 empregados registrados, reserva florestal intacta. Um brinco produtivo. Acabou nesse momento o MST "do bem". Inaugurando a fase ulterior da crise agrária, as invasões de propriedades tomaram conta do Brasil, avançando especialmente contra as pastagens de gado. Incontáveis "movimentos" surgiram alhures, arrebentando cercas, roubando gado, fazendo "justiça" com as próprias mãos. Verdadeiras quadrilhas disfarçaram-se de pobres coitados e saquearam regiões, como no sul do Pará. Banditismo rural. O MST militarizou-se. Seus quadros passaram a fazer treinamento centralizado, o comando definiu regras de comportamento e seleção. Centros passaram a oferecer cursos de capacitação, baseados na cartilha básica intitulada Como Organizar a Massa. Doutrinação pura. Nascido como "movimento social", o MST transformou-se em rígida organização, adentrando a cidade. Recrutando miseráveis urbanos, montou uma "fábrica de sem-terra" no País. Nunca mais a reforma agrária encontrou seu eixo. Como teria sido a reforma agrária sem o terrorismo das invasões de terras? Primeiro, seria certamente um programa mais bem planejado, articulado, e não um remendo açodado para resolver conflitos. Não trombaria com a agronomia nem com a ecologia, projetando assentamentos tecnicamente viáveis. Não faria da reforma agrária um foco de devastação ambiental, conforme se verifica em toda a Amazônia. Não confundiria remanescentes florestais com terra inculta, promovendo uma infeliz união da miséria com a depredação ecológica, como, entre tantos exemplos, provam a Fazenda Zabelê, no litoral de Touros (RN), ou a Fazenda Araupel, em Rio Bonito do Iguaçu (PR). Segundo, os beneficiários da reforma teriam aptidão reconhecida para a lide rural, jovens habilitados, filhos de agricultores familiares, jamais viriam dos excluídos da cidade. O vestibular da terra seria a capacitação, nunca a invasão. Os assentamentos Rurais estariam baseados na produção tecnológica, integrada ao circuito de mercado, nunca firmada na roça de subsistência, isolada. Os novos produtores se emancipariam, seriam titulados, e não, como ocorre hoje, se tornariam subservientes ao poder. Terceiro, e em decorrência dos anteriores, a reforma agrária seria menor em tamanho, porém muito maior em qualidade. Geraria produção e renda. Daria à sociedade retorno do investimento público. Hoje, acreditem, nem se a valia o custo-benefício dos assentamentos. Nunca se mediu sequer a produção agropecuária advinda das áreas reformadas no Brasil, que atingem 90 milhões de hectares, envolvendo 1,2 milhão de assentados. Ninguém sabe quanto nem o que produzem. Conclusão: o distributivismo agrário resultou na mais onerosa e fracassada política social da História brasileira. Para se ter uma ideia, o custo médio de cada assentado beira os R$ 100 mil, valor que manteria uma família durante 13 anos recebendo um salário mínimo mensal. Com uma agravante: pelas mãos raivosas dos invasores de terra se criou no País um foco contínuo de encrenca, antipatias, inimizades. Cizânia agrária. O que seria do Brasil se não fosse o MST? Respondo ao Lula, tranquilamente: mais produtivo e fraterno no campo.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Feliciano e as igrejas "caixa de sapatos"!

com Havia no império luso brasileiro uma relação de união estável entre o clero católico e o poder da realeza. Os primeiros missionários enviados por Calvino foram assassinados no Rio de Janeiro. Mas,a proclamação da República foi criada a Constituição do estado laico. Porém, os evangélicos não poderiam construir igrejas com aparência de templo à estilo europeu, por exigência do catolicismo. Então as congregações se reuniam nas casas. Depois foram permitidas construções quadradas, as "igrejas caixa de sapatos"! Construções quadradas que não incentivassem os fieis católicos a entrar, nem mudasse a cultura católica. Isso foi mudando a partir do Concílio Vaticano II. Minha primeira igreja na infância, evangélica luterana,o templo foi comprado da Comunidade N. S. do Rocío em Alvorada do Iguaçu - PR igreja católica, que cresceu e o templo ficou pequeno. Mas o poder continuava com o catolicismo, que tinha dotação orçamentária anual da União Federal até a década de 1990 e, nas escolas como alunos, éramos levados à templos católicos para eventos ritualísticos, como todos beijar uma imagem depois de uma longa fila, sem que se fosse aventada a hipótese de haver algum aluno que não professasse aquela religiosidade pouco higiênica. Cristo continua sendo o mesmo. O que a Globo (Isto é) e a Editora Abril (Veja) estão fazendo é uma espécie de acusação do golpe. O poder está mudando de mãos. E assim como há famílias oligárquicas nordestinas dominando o Congresso Nacional e acomodando empreiteiras, como a Construtora Delta, por exemplo, mesmo com graves roubos ao erário público, assim também há famílias oligárquicas na mídia: Mesquita, Civita, Marinho, Pimentel, Sirotski e outras, que mamam nas tetas das verbas públicas de publicidade por séculos. Nos estados ainda é pior: Segundo o jornalista J. Alves, de Cuiabá - MT nenhuma empresa de comunicação do estado se sustentaria sem as verbas públicas. O próprio empresário Blairo Maggi, quando governador, criou um braço midiático, colocando um sobrinho para publicar seus feitos numa revista chamada Ótima S/A, a qual recebia polpudas verbas mensais da Secretaria de comunicação estadual. E, com os evangélicos crescendo, essa dinheirama que dá o poder tende a mudar de mãos. As últimas olimpíadas foram ignoradas pela Globo, porque a Record do bispo Macedo levou. O bispo, aliás, e a diretoria da Record foram cumprimentados em agradecimento pelo apoio à campanha, pela Dilma, no saguão do Planalto no dia da posse dela, antes das autoridades que se enfileiraram para parabenizá-la. E como bem aventurada é a nação cujo deus é o Senhor, estamos crescendo rumo ao primeiro mundo pelas bem aventuranças prometidas aos que tem Cristo como Deus e Senhor. A briga midiática contra Feliciano é por poder. O inferno não os assusta! O cristão que preza o ser uma nova criatura não entra nessa balburdia.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

SANTUÁRIO DE APARECIDA INUNDADO POR HIDRELÉTRICA

SANTUÁRIO DE APARECIDA SERÁ INUNDADO POR HIDRELÉTRICA RIO PARAIBA DO SUL Expresso SP
O reservatório terá uma área total de 151,8 km² e uma linha de transmissão associada em 500 kV, com 7 Km de extensão. O projeto da Usina Hidrelétrica Paraíba do Sul foi apresentado no Salão de Reunião Governador Mário Covas em São Paulo. Esta obra é considerada um dos projetos mais importantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), junto a outros de geração de energia, que terá capacidade instalada de 1820MW. O investimento deverá custar R$ 4 bilhões. Segundo o diretor de Geração da Neoenergia, Ênio Emílio Schneider, deverão começar em setembro deste ano e, como é uma obra de mobilização muito rápida, vai gerar a partir do segundo ano em torno 7 mil empregos, e deverá entrar em funcionamento em 2014. A usina Paraíba do Sul será construída entre as cidades de Lorena (SP) e Silveiras (SP), na área denominada Cachoeira Paulista. O reservatório terá uma área total de 151,8 km² e uma linha de transmissão associada em 500 kV, com sete quilômetros de extensão, a ser construída na margem esquerda do rio. Depois de concluída deverá gerar entre impostos e royalties durante toda a concessão em torno de R$ 30 milhões por ano. A licença de instalação foi concedida pelo Ibama, após troca do diretor que discordava do método atropelado do processo, e após audiências públicas onde a população teve oportunidade de se manifestar. Mas foi comunicado a “boca pequena” e pouca gente soube da destruição do mais importante santuário dos devotos de Nossa Senhora. As audiências foram gravadas e os fiéis católicos não foram avisados, sequer ouvidos, e os poucos que por acaso ali estavam, não são acostumados com a língua dos engenheiros e burocratas, não compreenderam nada do que os técnicos do governo e da empreiteira disseram. Assim, como toda criança, que concorda com tudo mesmo sem compreender, os devotos de Aparecida ficarão sem santuário, que será destruído dentro da lei. Em vista disso, uma ação do Ministério Público já tramita e ressalta enfaticamente dados que demonstram a existência de danos iminentes e irreversíveis para a qualidade de vida e patrimônio cultural dos povos católicos da região, destacando-se a inundação das corredeiras da Cachoeira Paulista, berçário natural de diversas espécies de peixes, como a esportiva piabanha, que ali é endêmica e os saborosos e briguentos piaus, essenciais para a sustentação alimentar dos povos ribeirinhos. Cachoeira Paulista também é fundamental para a sobrevivência cultural do catolicismo no Brasil, como é um lugar sagrado, relevante para suas crenças, costumes, tradições, simbologia e espiritualidade. Conforme lembrado pelos procuradores, Cachoeira Paulista e o Santuário de Aparecida são patrimônio cultural e religioso brasileiros, um bem protegido pela Constituição e por normas internacionais de proteção ao patrimônio cultural imaterial. Pesam também outras ameaças à integridade territorial e à vida dos ribeirinhos e católicos decorrentes do empreendimento. Diante do quadro regional de baixa governança e instabilidade fundiária, potencializado pelo aumento do fluxo migratório na região, a exemplo do que vem ocorrendo em outros empreendimentos similares, como Belo Monte e as hidrelétricas do Madeira, é eminente a perspectiva de impactos e conflitos decorrentes do aumento da especulação fundiária, desmatamento ilegal, pesca predatória e exploração ilegal de recursos florestais e minerais. Esse quadro de vulnerabilidade se agrava com o fato de existirem pendências de reconhecimento de direitos e demarcação da rodovia federal doada por Juscelino Kubistchek, mas que é usada como passarela no santuário que será inundado. Conforme constam nos laudos do processo de licenciamento ambiental, as comunidades de Lorena, Guaratinguetá e Silveiras tentaram, em diversas ocasiões - inclusive antes da concessão da Licença Prévia em junho de 2012 - alertar autoridades do IBAMA, VATICANO e EPE sobre essas graves ameaças e da necessidade de um processo obrigatório de consulta livre, prévia e informado sobre a UHE Paraíba do Sul na Cachoeira Paulista. Em vários momentos, os riscos do empreendimento e falhas do processo de licenciamento foram identificados em pareceres da própria equipe técnica da DIOCESE. Entretanto, todas as alertas foram solenemente ignoradas por autoridades na tomada de decisões sobre a concessão de licenças ambientais para a UHE Paraíba do Sul, visando a atender um cronograma de construção da usina previamente determinado pelo Ministério de Minas e Energia. http://www.intertechne.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=6&Itemid=5 http://coiab.org/site/nota/carta-sobre-a-suspensao-da-licenca-de-instalacao-da-usina-hidreletrica-de-teles-pires/ Esta é uma crônica da vida real. Assim, caso o meu caro leitor é católico e se sentiu sem chão, saiba que o judeu sem Jerusalém não consegue transcender sem estar em Sião. Também o índio botocudo que Anchieta tinha como serviçal e que lhe servia por amor, deixava-se morrer na rede, por ser escravizado pelo branco para plantio, pois o desfrute do que a floresta oferece lhe era por sagrado. Como cientista da religião e teólogo evangélico, presumo que a comparação com a inundação do santuário de Aparecida combina com a dor e estupefação pela qual passam os índios Apiakas, Mundurukus e Kayabys ao verem suas terras invadidas, a Cachoeira de Sete Quedas indo para os ares com dinamite, e depois serem inundadas por uma usina hidrelétrica, da qual eles nem sabem para que serve. Nosso relacionamento com o sagrado é algo pelo qual damos a vida. Porque temos convicção que é por ele que recebemos vida. Assim como um axé é para o afrodescendente uma expressão de vida, Aparecida é para o católico uma fonte de referência e vida, depois dos sacramentos. Bem como, para o evangélico é o Cristo ressuscitado, do qual os ensinamentos são regras de fé e prática. Em vista disso, a crônica ter por fim criar no leitor a convicção que estão pervertendo o direito, como se estivéssemos numa ditadura, matando cultura, rios, etnias inteiras, em nome dum progresso que pode ser atendido com tecnologias muito mais modernas e eficientes; sobrando riquezas para serem desfrutadas e estudadas dentro do seu devido tempo. Francisco Rúbis Datsch Jornalista DRT-MT – MT 1136

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Agência de Notícias é especialista em Direito?

Agência de Notícias é especialista em Direito? -Voltando ao assunto que a grande imprensa não publica, a usurpação do direito indígena, e a total busca por encobrir os desastres ambientais provocados pela construção das hidrelétricas, chegamos agora à suspensão das obras da usina que iria destruir outra Sete Quedas, agora a do Telles Pires. Tanto foi usurpado o direito, que o próprio desembargador federal Souza Prudente, confirmou julgamento de instância inferior - determinando que a decisão não merece ser reformada. Isso no direito é novidade, mas a maior novidade foi que a Agência Brasil diz que: O recurso interposto pela CHTP foi negado por unanimidade pela quinta turma do TRF1. Segundo a Agência Brasil, cabe recurso. A maquiagem das informações tem feito o setor elétrico matar os rios e inundar os mais belos saltos em água doce do mundo, como as Sete Quedas do rio Paraná, sepultadas pela represa de Itaipu em Outubro de 1982. Justiça suspende obras de hidrelétrica de Teles Pires http://br.noticias.yahoo.com/justi%C3%A7a-suspende-obras-hidrel%C3%A9trica-teles-pires-105945342--sector.html SÃO PAULO (Reuters) - O Tribunal Regional Federal (TRF) da 1a Região determinou no fim da quarta-feira a paralisação imediata das obras da usina hidrelétrica de Teles Pires, na divisa entre Pará e Mato Grosso, em nova suspensão do projeto após recurso movido pelo Ministério Público no início do ano. Segundo o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Estado do Mato Grosso (MPE/MT), não houve, durante o processo de licenciamento da usina, consulta prévia das comunidades indígenas Kayabi, Munduruku e Apiaká, de acordo com nota divulgada nesta quinta-feira pelo tribunal. Este também afirma que não foram cumpridas as condicionantes de realização da obra. Entre as sócias da usina de Teles Pires, está a Neoenergia, cuja estrutura societária é formada por Previ, Banco do Brasil e a espanhola Iberdrola. Na decisão de quarta-feira, o relator do caso, o desembargador federal Souza Prudente, confirmou julgamento de instância inferior -- que determinou a paralisação imediata da construção da usina e suspensão das explosões das rochas naturais do Salto das Sete Quedas, sob pena de multa diária de 100 mil reais --determinando que a decisão não merece ser reformada. "No caso concreto, os efeitos causados pela construção da usina são irreversíveis. Se a tutela não for concedida de logo, não há como salvar o meio ambiente", afirmou Prudente em resposta a recurso interposto pela Companhia Hidrelétrica Teles Pires, que sustenta que "todas as audiências públicas foram realizadas, na presença dos interessados e gravadas", segundo a nota do TRF1. Para o relator, a licença obtida pela CHTP para a construção da usina é inválida e foi concedida sem cumprir legislação ambiental. O desembargador também afirmou que "os autos demonstram que as comunidades indígenas que residem no local não foram regularmente ouvidas" e que o Salto das Sete Quedas faz parte da cultura ecológica dos povos indígenas afetados. O recurso interposto pela CHTP foi negado por unanimidade pela quinta turma do TRF1. Segundo a Agência Brasil, cabe recurso. A Usina de Teles Pires tem previsão de ser concluída em agosto de 2015 e terá capacidade de gerar 1.820 megawatts. O custo estimado da obra é 4 bilhões de reais, segundo a agência. (Por Alberto Alerigi Jr.)

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Agrotóxicos e os disruptores endócrinos

Os Disruptores Endócrinos e a Tireoide Por Cintia Salomão Castro http://tireoide.org.br/os-disruptores-endocrinos-e-tireoide/ A maior parte da população não sabe o que são os disruptores endócrinos, desconhecendo os efeitos que essas substâncias químicas presentes em produtos de largo consumo podem trazer ao funcionamento das glândulas endócrinas – inclusive a tireoide. O disruptor age dentro do sistema endócrino, podendo até interromper o próprio mecanismo hormonal. A suspeita é que eles possam causar distúrbios na síntese, secreção, transporte, ação ou na eliminação de hormônios. Alguns dos componentes que agem como disruptores são utilizados pelas indústrias e estão presentes em protetores e filtros solares, agrotóxicos, panelas e embalagens plásticas PFOA Vários estudos têm mostrado indícios da relação entre a presença de altos índices desses componentes no sangue e a manifestação de doenças endócrinas. Uma pesquisa publicada no periódico científico Environmental Health Perspectives revelou que pessoas com doses elevadas de PFOA no sangue têm mais chance de terem disfunções na tireoide do que indivíduos com uma quantidade pequena da substância no organismo. O assunto foi tema de reportagem do jornal O Globo do dia 24 de janeiro (“Venenos legalizados”). Frigideiras e Carpetes O PFOA é a sigla, em inglês, para ácido perfluorooctanoico. Trata-se de um componente químico comumente presente em produtos largamente usados, como frigideiras antiaderentes e coberturas de carpetes à prova de manchas. A equipe da Universidade britânica de Exeter estudou as análises sanguíneas de cerca de quatro mil pessoas da população dos Estados Unidos, com dados obtidos entre 1999 e 2006. Destes, mais de 16% das mulheres e 3% dos homens relatavam problemas de tireoide. A autora do estudo, a Dra. Tamara Galloway, ressalta a necessidade de novas análises para confirmar os possíveis efeitos nocivos do ácido. No entanto, ainda não pode-se dizer que está definitivamente comprovada a influência do PFOA no mecanismo da tireoide, conforme explica o vice-presidente do Departamento de Endocrinologia Básica e membro do Departamento de Tiróide da SBEM, o Dr. Magnus Dias da Silva. Ele esclarece que trata-se de um estudo de associação, e não de mecanismo de doença: “Após um criterioso ajuste estatístico, somente ficou evidente a associação de relatos de doença tireoidiana entre indivíduos do sexo feminino e quando a medida da concentração do ácido PFOA no sangue estava acima de 5,7ng/mL”, afirma. Predominância Feminina O Dr. Magnus lembra que, de modo geral, as doenças tireoidianas são mais comuns entre a população feminina. “A força estatística dessa associação mostrou uma chance de 2,24 vezes de uma mulher nesse quartil de relatar alterações tireoidianas em tratamento vigente. Essa relação não foi observada nos homens. Enfatizo também que nem sempre os estudos de mecanismo toxicológico ou de associação concordam nos estudos conduzidos junto ao homem e em animais, tendo em vista seus mecanismos de metabolização e cinética de toxicidade diferentes”, afirma o cientista, que também é professor adjunto do Departamento de Bioquímica da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo). Atualmente, o Dr. Magnus estuda casos de pacientes diagnosticados com tumores gonadais, cujas famílias foram expostas, por longo período, a pesticidas usados em cultura de tomates. “Esse alerta foi protagonizado inicialmente em 2002 pela. Dra. Ieda T. Verreschi, com quem colaboro desde então”. Constatou-se uma associação com agentes tóxicos perturbadores do nosso metabolismo, apontados inicialmente pela zoóloga Theo Colburn em 1991. Hoje, importantes eventos são realizados no mundo para a melhor compreensão dos mecanismos toxicológicos e registram as evidências dos danos à nossa saúde e no ecossistema, contribuindo para regulamentar o uso industrial desses agentes” - explica. Bifenilas e Ftlatos Outras substâncias suspeitas de interferirem no mecanismo da tireoide são as bifenilas policlorinadas ou PCB (compostos usados em transformadores), as quais causam redução dos níveis de hormônios tireoidianos e interferem na síntese de esteróides gonadais e adrenais de forma complexa. Por sua vez, os chamados BPAs (derivados do Bisfenol-A, substância usada na indústria do plástico) induzem disfuncão da tireóide, do sistema nervoso e imune humoral. Outros estudos relacionam a exposição aos BPAs a doenças cardiovasculares, hepáticas e ao diabetes. Já a exposição prolongada a ftalatos (compostos químicos que deixam o plástico mais maleável) pode induzir feminização em homens, conforme demonstram estudos publicados. Desreguladores Endócrinos O endocrinologista adverte que, além dos itens já conhecidos, existe um universo de outros compostos químicos derivados que escapam à investigação científica: “Essa lista não para de crescer. Sabe-se que esses desreguladores estão presentes em inseticidas, detergentes, repelentes, desinfetantes, fragrâncias, solventes, retardantes de chama, colas, antiaderentes da construção civil ou mesmo em utensílios de cozinha. Frequentemente, estão nos efluentes industriais clandestinos, residenciais ou mesmo em estações de tratamento de água e esgoto visivelmente mal fiscalizadas”, alerta o especialista, que também é como co-editor dos Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia (ABE&M). Na edição de fevereiro de 2010 (volume 54, número 1), os Arquivos Brasileiros de Endocrinologia e Metabologia (ABE&M) trazem uma revisão intitulada “Contaminantes ambientais e interferentes endócrinos”, de autoria de Fontenele, e colaboradores.

sábado, 26 de maio de 2012

Um governo pior que o da ditadura.

Nas usinas do Sudeste, a ditadura ditava regras, ninguém ousava se levantar contra. Lula e Dilma são piores, pois fazem tudo fora da lei. E ninguém se posiciona em defesa da destruição do rio Tapajós! Vejam parte de uma matéria publicada pelo Valor econômico, lembrando que duas usinas no alto tapajós estão em execução, sem qualquer respeito a constituição: 25/05/2012 às 00h00 7 União já executa o plano de construir usinas no Tapajós Sem alarde, o governo está prestes a liberar o rio Tapajós, uma das principais artérias da Amazônia, à construção de um complexo de hidrelétricas. A polêmica Medida Provisória 558, de 6 de janeiro, abriu o espaço para a execução do antigo plano de erguer cinco usinas no rio. Com a MP, foram alterados limites de sete unidades de conservação, excluindo áreas que serão alagadas pelos reservatórios das usinas. Boa parte da redução da proteção legal dessas florestas visa desobstruir o caminho para o licenciamento ambiental das duas primeiras hidrelétricas previstas para a Bacia do Tapajós: São Luiz do Tapajós e Jatobá. O Valor apurou que, desde fevereiro, a Eletrobras entregou ao Ibama uma série de pedidos de autorização para coletar os dados que vão basear o estudo de impacto ambiental da usina São Luiz, a maior delas, prioritária para o governo. O Ibama já aprovou os pedidos. Em fevereiro, liberou o "plano de trabalho" da usina e autorizou a Eletrobras a abrir uma "picada" de um metro de largura em uma extensão de 33,5 quilômetros de mata. Em abril, foi dado sinal verde para que a estatal capture, colete e transporte animais e plantas para estudos. Conforme o cronograma, a Eletrobras pretende concluir o relatório de impacto ambiental em janeiro de 2013. O plano do governo é que o Ibama aprove o estudo já em fevereiro para que, em março, o estudo de viabilidade técnica e econômica da usina passe pelo crivo do Tribunal de Contas da União (TCU). O leilão da primeira hidrelétrica do Tapajós ocorreria entre junho e o fim de 2013. A hidrelétrica de São Luiz tem potência estimada em 6.133 megawatts (MW), praticamente o dobro da usina de Santo Antônio, em fase de conclusão, em Porto Velho (RO). O governo defende que o empreendimento terá impacto ambiental extremamente reduzido. A previsão, porém, é que a área total do reservatório atinja 722,2 km2, muito superior, por exemplo, aos 510 km2 do lago que será formado pela usina de Belo Monte, em construção no rio Xingu, no Pará. Segundo o Ministério Público Federal no Pará, o complexo da Bacia do Tapajós vai inundar cerca de 2 mil km2 de mata, quase duas vezes a extensão da cidade do Rio de Janeiro. "Não há dúvidas de que o estrago ambiental é ainda superior ao que será causado por Belo Monte", diz o procurador Felício Pontes Júnior. O instituto de pesquisas Imazon aponta que todas as áreas excluídas das unidades de conservação pelo governo estão no mapa das regiões prioritárias para a conservação da biodiversidade. Cerca de 80% delas são classificadas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) como de prioridade "extremamente alta". Página A3 CompartilharEnviar por e-mailImprimir COMENTÁRIOS (7)LoginCadastre-se

quinta-feira, 17 de maio de 2012

E o Nordeste continua sem poços!

Só em fevereiro de 2012, dez anos depois de Lula ter prometido abrir milhares de poços artesianos no semiárido nordestino, o governo de Dilma Rousseff firma acordo para construir 60 mil cisternas...Cisterna não é poço, que fique claro, e aqui no caso, trata-se de uma tecnologia social ( porque depende do envolvimento e colaboração da população, e ainda pode haver vazamento de recursos até a cisterna receber água) para a construção de um reservatório que captaria até 16.000 litros de águas de chuva pelo telhado das casas...Para encurtar a conversa, como neste ano de 2012 as chuvas de março e São José não colaboraram com os irmãos nordestinos.. nem represa, nem cisternas , nem água e muito menos os poços artesianos prometidos por Lula em seu primeiro mandato. A desgraça está feita ... milhões de vítimas da maior seca dos últimos 50 anos estão clamando por socorro! E agora João, e agora José?...e agora...e agora ? Foto: web. Mara Montezuma Assaf. São Paulo/SP.