sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Nem Burilar, nem lapidar!




Nem burilar, nem lapidar!


A palavra buril segundo o Dicionário Aurélio é um instrumento usado na execução de gravuras em metal ou madeira. Burilar é gravar, lavrar ou abrir com buril. É considerado por alguns gramáticos como sinônimo de polir e arredondar. Já a palavra lapidar é relativo à gravação em lápide. Talhar, polir. Figurativamente pode ser usado como uma lapidação do pensamento. Aperfeiçoar e até educar com esmero!
Trazendo para o cotidiano do cristão, nas traduções bíblicas uma das maiores dificuldades dos lingüistas é encontrar palavras que dêem uma mesma conotação para o sentido dado na língua original dos Registros Escriturísticos Sagrados. Assim, após muita pesquisa, oração, comprometimento com a palavra e uma busca de direcionamento pelo Espírito Santo, chega-se a uma tradução na nova língua (Ap 22.18,19). O próprio autor de Hebreus afirma que é o Espírito Santo quem diz aquelas palavras grafadas para nosso ensinamento, logo, quem tem compromisso com que a palavra de Deus seja utilizada pormenorizadamente, com extrema exatidão e com os vocábulos certos é o Espírito Santo!
Ainda assim, o pai da mentira consegue criar desvios nas mentes pouca afeitas ao empenho de buscar com mais exatidão (Atos 18.24...) o caminho de Deus. Por isso o Maligno sempre encontra espaço nos crentes pouco perspicazes ( 1Co 2.14 a 3.3), que permanecem sendo meninos espirituais por toda uma vida de igreja. Pois o Maligno recebe oportunidade para desviar por vocábulos errados e tirar o crente do caminho verdadeiro da gramática espiritual que transforma a vida do homem natural pela mistura na atração (Jo 12.32) com a de Cristo na cruz, (Rm 6.3 a 5) gerando na ressurreição misturados nele (Rm 6.8) a vida de salvo. Deus faz isso em Cristo pela troca da natureza caída do homem velho pela natureza espiritualmente divina ressuscitada com Cristo pela fé na salvação em esperança (Rm 8.24)! Por isso Cristo disse que nos dá a sua vida, não como o mundo a dá.

De Deus não se zomba. Deus não está brincando. Esvaziou-se da sua glória e veio em forma de homem, a própria divindade em carne para pagar o preço de querermos ser nosso próprio Deus. E de morrer de cruz para nos fazer participantes da sua morte e ressurreição (Rm 8.17) para que ocorra uma troca de natureza e por ela possamos mortificar as obras da carne.
Devemos ter cuidado com o vocabulário utilizado sem pesquisar a origem das palavras que ouvimos, pois nossa língua é muito dinâmica, porém pode estar cheia de armadilhas do inimigo se, ao buscarmos ensinar e testemunhar, não atentarmos para como o Senhor Deus inspirou o Espírito Santo a registrar na língua pela qual nos comunicamos!

Podemos educar com esmero e polir o pêlo dum porquinho, porém quando este tiver oportunidade de chafurdar e rolar na lama, naturalmente ele irá deitar e rolar, pois tem natureza suína. Assim como um felino jamais estará com seu pelo enlameado.

Podemos lapidar o nosso coração de pedra (Mc 7.20 e Mt 15.19), pecaminoso, e ele até se conforma com alguns mandamentos, porém não passa pela porta estreita (Jo 10.9). Mas ao recebermos um espírito novo, ele vem acompanhado de um coração novo, de carne (Ez 36.26), com os estatutos divinos já gravados, originalmente de fábrica, sendo impossível burilá-lo, bruní-lo ou lapidá-lo. É deste novo coração que procede o temor ao Senhor. Por isso é tolerado pelo Senhor Deus cometermos atos pecaminosos enquanto estivermos nesta vida, porém foi pela troca de natureza que o Espírito Santo de Deus testifica que somos filhos (Rm 8.16) e nos guarda das práticas pecaminosas continuadas. Por isso que aquele que confessa e deixa alcança misericórdia.
Da lagarta bela lagarta espinhuda amazônica não fica nada quando é transformada em borboleta!!!

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